
Do campo para a cidade
Iniciado no campo, o movimento de agrofloresta está ganhando adeptos dentro das grandes cidades. Em Goiânia, espaços públicos do Setor Sul começaram a receber intervenções agroecológicas, onde, apesar da fase inicial, tem gerado bons frutos.
O primeiro canteiro foi implantado no mês de junho, em uma área verde na Rua Dona Maria Joana. “Incluímos a atividade durante a programação da segunda edição da Feira Ecocultural do Cerrado”, explica Gregor Kux, organizador do evento.
A praça fica ao lado da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), que cedeu a água para irrigar a pequena plantação. Vizinhos se revezam nos cuidados e na colheita .
“Teve gente que falou que não ia dar certo, mas nós estamos adorando. Eu sou a madrinha da horta, fico aqui de frente namorando e vigiando”, diz a comerciante Fátima Silva Santos, de 51 anos.
Segundo Fátima, com pouco mais de 30 dias de plantio, a comunidade já colheu alface e rúcula.
No próximo dia 30 será a vez da Praça Wilson Valente Chaves, na Avenida Cora Coralina, ganhar um sistema agroflorestal. O workshop gratuito faz parte da programação do evento Casa Fora de Casa, promovido pelo estúdio Sobreurbana
“Há uma demanda antiga da comunidade por horta e optamos pelo modelo de agrofloresta. Conviver com espécies arbóreas, frutíferas e hortaliças traz uma diversidade ideal ao ambiente”, diz a arquiteta e urbanista Carol Farias, do Sobreurbana.